Sarah Kane – Vida, Morte e Girassóis
Da obra de Sarah Kane ainda brotam girassóis.
Da obra de Sarah Kane ainda brotam girassóis.
Duas pessoas presentes, conversando cara a cara, carregam universos também nossos, na medida em que estejamos abertos a recebê-los.
Limbo é um espectáculo frágil, com uma forma muito aberta e flexível. Os performers já estão a deambular no espaço quando o público entra na sala, como se nunca tivessem saído daquele lugar sombrio.
Um trabalho de grande valia que, com parcos meios e detalhes de bom gosto, como a música original tocada ao vivo por Paulo Pires, consegue a proeza de desenhar os contornos essenciais de uma realidade ampla sem o paternalismo e o peso habitual do teatro mais político, optando pelo humor e a ironia para convidar o público a pensar o seu mundo.
Em palco na Sala Azul do Teatro Aberto, até ao próximo dia 1 de Março, encontramos o clássico de Hermann Broch A Criada Zerlina, protagonizada por Luísa Cruz, numa interpretação que lhe valeu os aplausos da crítica e um Globo de Ouro. A narrativa começa na total escuridão e decorre sempre na penumbra, onde Luísa …
Destaque para o belíssimo cenário e ambiência da sala estúdio, recriação do jardim, elementos naturais, bem como os figurinos, o texto na sua excelente tradução, os efeitos sonoros e a encenação de Bruno Bravo, que une todos estes factores…
Romeu e Julieta pertencem a um imaginário demasiado romantizado, aqui hábil e inteligentemente desmantelado. Sobram espaços vazios para o espectador preencher.
MDLSX não é um funeral mas antes um adeus ao género, às categorias e aos binarismos, em forma de hino elegíaco mas também de celebração de uma forma de fazer género(s), ao mesmo tempo que convoca para o palco outros textos para além da escrita do corpo.
A moral desta história, se é que é válido extraí-la, é a queda paradoxal da ideia separatista, e a necessidade de cooperação e do amor (de qualquer tipo), irmandade e/ou humanismo para potenciar evolução, sem fronteiras ou nacionalidades…
Nora: A Doll´s House, adaptação da Casa de Bonecas de Ibsen pela vencedora do prémio Olivier, Stef Smith, estreou em março do ano passado em Glasgow no Citizens Theatre, na sua temporada dedicada a peças cuja dramaturgia é escrita por mulheres. É no Young Vic, em Londres, que a peça volta a ganhar vida até …