Escutai as Nossas Derrotas – Laurent Gaudé (Sextante, 2017)

Partindo de uma fugaz história de amor, o romance apresenta o percurso dos dois amantes de uma noite de forma independente, sem que nunca mais se voltem a encontrar.
Partindo de uma fugaz história de amor, o romance apresenta o percurso dos dois amantes de uma noite de forma independente, sem que nunca mais se voltem a encontrar.
Irmão de Gelo é um livro verdadeiramente especial na sua singularidade, de um lirismo pragmático e lúcido, destinado àqueles que, como a autora, têm na leitura a sua actividade subversiva preferida.
A marroquina Leïla Slimani criou uma obra ambiciosa e impactante, bem para além da derradeira página, não só pela crueza dos factos, mas pela ténue culpa que desperta em nós, testemunhas silenciosas e cúmplices de uma estrutura societária e familiar anquilosada em colapso iminente, que em Canção Doce, cede pelo lado mais fraco, com efeitos devastadores.
Há um denominador comum nestes contos – a sobrevivência: a traumas de guerra, a traumas de infância, a acidentes, à pobreza extrema, à vergonha, a preconceitos.
O Corvo dá o mote e as crianças mordem a isca. Qualquer um dos narradores nos engana, como também se engana a si mesmo. Nada mais natural do que iludir a realidade, para também a dor lhe seguir o curso, dissimular as suas origens.
Apesar de se tratar de uma obra extensa, as suas centenas de páginas não nos desmotivaram e, se não nos tornaram entusiastas de policiais, tiveram a virtualidade de nos aguçar a curiosidade, dando-nos, quiçá, uma oportunidade para maior conhecimento deste autor e deste género literário.
«Toda a literatura é abstracta, concretas são as pedras. Não aceitar isto é aceitar a literatura como copiadora do concreto, como uma segunda mesa, ou uma segunda casa. (…) A literatura tem objectos próprios, completamente distintos dos que existem na vida dos vivos. Não confundas um escritor com um arrumador de mobílias.»
Hoje estarás comigo no paraíso, segundo romance de Bruno Vieira Amaral, é um livro de memórias, contado na primeira pessoa, por uma personagem homónima do autor.
porque insistimos (ainda) na fotografia como coisa de adultos, demitindo-a da literatura infantil e amputando as crianças na tenra idade de uma educação crítica para as imagens?