Sobrevalorizado no gozo sempre foi o falo.
Um homem que domine bem a língua,
em ambos os sentidos,
precisa pouco de se preocupar com a eficácia ou a beleza
do seu falo.
As damas,
e os cavalheiros que também apreciem,
conquistam-se pelo uso da boca.
Digamos que o falo diverte
mas não conduz ao êxtase.
Nisto não se fala por pudor
ou por medo de amedrontar o ceptro
sobre o qual sempre se julgou girar o mundo.
O falo é belo, sim senhores –
alguns, outros são medonhos,
estilo cobra cega –
Só não julguem como obra de arte
a exposição de artesanato, cavalheiros.
O mastro não faz a caravela que descobre mundos
e a bandeira hasteada está longe de ser um país.