O maestro Martim Sousa Tavares, director da Orquestra Sem Fronteiras, escolheu cinco gravações essenciais de Ludwig van Beethoven para ter sempre por perto.
5ª Sinfonia – Teodor Currentzis e Musica Aeterna (Sony, 2020);
Sou enorme fã do Teodor Currentzis e do trabalho aturado que faz com a orquestra Musica Aeterna, onde a novidade e espírito de descoberta se entrecruzam com uma atenção ao detalhe que é uma delícia. Não conheço outras orquestras que sejam capazes de surpreender desta forma no tempo presente.
6ª Sinfonia – Glenn Glould (Sony, 1992)
Na versão para piano, em arranjo de Franz Liszt. Quem ousaria gravar uma excentricidade do género? Glenn Gould, claro. E que óptima maneira de revisitar esta famosa sinfonia!
6ª Sinfonia – Carlos Kleiber/Bavarian State Orchestra (Orfeo, 2016)
De novo esta obra, mas agora pela mão de Carlos Kleiber, numa gravação amadora e pirata da única vez que este enorme maestro dirigiu esta sinfonia. Esta tem valor porque ninguém conhece esta gravação, uma vez que a cassete esteve perdida durante décadas!
Concerto para violino – Orchestre des Champs Elysées com Patricia Kopatchinskaja (naïve, 2009)
Sou enorme fã da Kopatchinskaja, pelo seu espírito aventureiro e arriscado, que acho que é a cara do Beethoven. A junção com a orquestra des Champs-Elysées garante um rigor e qualidade no som de época, e é por isso extraordinário ver que a violinista opta pela cadenza de Schnittke, que é uma loucura e que nunca se toca.
Tokyo String Quartet – Quartetos Razumovsky (Harmonia Mundi, 2005)
Este escolho-o simplesmente pela beleza. É a minha gravação preferida deste quarteto lindíssimo.
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