A Cada Viagem

O sorriso dela é impossível de embrulhar, o teu abraço não cabe num saco e a única caixa onde pode caber o som daquele violino da Alexanderplatz é na nossa memória.
O sorriso dela é impossível de embrulhar, o teu abraço não cabe num saco e a única caixa onde pode caber o som daquele violino da Alexanderplatz é na nossa memória.
…a confirmação de que o estrelato à antiga permanece bem activo em Hollywood, com interpretações estelares de Robbie, Pitt e DiCaprio, irrepreensíveis nesta declaração de amor a Hollywood, a Sharon Tate e a Los Angeles.
“O álbum a que o rock ficou a dever todos os seus melhores créditos futuros e que hoje faz 52 anos, abre com “Sunday Morning”, uma bonita ode à paranóia.”
“Desejou ser, ele mesmo, o mais obscuro dos enigmas e aplicar as mãos na matéria primária, oferecendo-a em dádiva e em silêncio. Não foi vítima de nada, muito menos da ilusão do conhecimento. E foi, para mim, uma excelente companhia.”
No final do filme, ouvem-se narizes a fungar, aquele tossir que tenta esconder as lágrimas e o plástico de pacotes de lenços de papel, numa manifestação física e emocional da influência do cinema e da importância de ver representações (mais positivas) de indivíduos queer na tela, assim como do poder de nos sentarmos no escuro do cinema em comunidade.
Neste oásis atlântico de esquerda de 2018, a polémica soa extemporânea e a resposta à pergunta que Ribas fazia tem travo amargo: Serralves tem, neste momento, um museu cheio. Mas com quê?
No dia 7 vou votar. Sou daqueles que encontra ainda algum sentido no voto popular. Outros preferirão que alguém tome as rédeas das suas vidas e das suas liberdades.
A masterclass, que juntou cerca de duas centenas de pessoas no lotado auditório da UCP Porto, teve por tema a TV americana nas últimas duas décadas.
Exaltamo-nos fazendo de conta que a portugalidade nunca fez mossa a ninguém, que é fofinho e enternecedor o tal retângulo ajardinado com gente boa e simpática de vinho sobre mesa. É claro que eu partilho do júbilo pela vitória no europeu de futebol ou em qualquer conquista nacional, mas não é isso que está em questão. Do que aqui falo é da patologia que, a partir de eventos desse tipo, adquire contornos psicossomáticos coletivos, a portugalidade, que não é uma característica inofensiva.
Por um acaso do destino, assisti na mesma semana e em dias seguidos, a “Na via láctea”, de Emir Kusturica, ainda em exibição no recém-aberto Cinema Trindade, e aos dois espetáculos do Foco Deslocações, no Teatro Municipal do Porto (Campo Alegre), respetivamente por Dorothée Munyaneza, do Ruanda, e Mithkal Alzghair, da Síria.