A diversão transforma-se em ordem e serve para demonstrar como o realizador tem prazer em virar o tabuleiro dos jogos sociais e misturar tudo o que tomamos como imutável, desde os papéis de género, às relações de poder, de trabalho aos desejos.
Como em qualquer livro de GMT, há um pouco de tudo para todos neste A Pedra e o Desenho, desde o leitor mais informado e intelectual ao completo leigo, desinteressado pela lides literárias.
Com uma prosa ritmada e mestria neste equilíbrio entre realidade e mitificação/negação em que a pediatra se enreda, Andréa del Fuego constrói uma narrativa credível e inteligente
Não é de informação que carecemos. O que nos falta é coragem para compreender o que sabemos e tirar conclusões.
O melhor que vimos, ouvimos e experienciamos em 2021, para que 2022 comece da melhor maneira. Só agora? Sim. Porque o ano analisa-se depois de terminar. E porque nós podemos. Somos cultores da Slow Culture #slowculture
Fernanda é uma despedida. Duas aliás. Mas também um hino inesquecível ao Amor incondicional e à Vida.
A História Contemplativa é uma recolha de dispersos, uma reunião de textos originários de fontes díspares, mas que, todos eles, respondem pelo mesmo desejo de rigor e fundamentação.
Não custa nada chamar a O Infinito num Junco um livro excepcional. Porque ele podia ser uma história do livro, mas não é; e porque era possível tê-lo transformado numa história da cultura, sem que isso tenha (felizmente) acontecido.
No duro processo do luto tudo mudou, excepto a linguagem. O nosso porto seguro.
Virar Travesti é um pertinente estudo sobre a complexidade destas pessoas, aqui trazidas pelas palavras das próprias, assim como um olhar para a necessidade de conferir segurança, dignidade, reconhecimento e igualdade a sujeitos cujas identidades não correspondem a sistemas binários de configuração sexual e de género, combatendo assim o estigma e a violência a que muitas são sujeitas quando lhes são proporcionadas formas de apoio e resistência.