Na sequência da edição de Ler Pessoa (cuja recensão podem ler aqui), mantendo a profícua colaboração com Tinta-da-china na exploração do universo pessoano, Jerónimo Pizarro construiu o complemento perfeito àquela introdução à estética pessoana com esta Poesia – Antologia Mínima, em que reúne poemas inevitáveis (e alguns inesperados) de Fernando Pessoa e dos seus principais heterónimos (a “santíssima trindade”: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos), a que junta, no final, outros textos poéticos mais desconhecidos, complementando a edição com os facsimiles parciais ou completos dos originais, como “modo de partilhar le goût de l’archive (Farge) e de explicar, silenciosamente, os desafios de editar Pessoa.” (11)
Por lá encontramos algumas maravilhas…
(Ninguém disse Pessoa como o Mário Viegas, perdoem a clara parcialidade).
Um livro que vem complementar esta excelente colecção, de que aguardamos com ansiedade o próximo volume, e que se devora com gosto. Uma porta de entrada no imenso universo pessoano que “espera inspirar inesperados e inúmeros leitores.” (11). Mais uma sugestão para o Natal aí a chegar.
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