A cumplicidade ante a adversidade, as gargalhadas partilhadas ao recuperarem cenas do jantar, despertam a esperança do espectador num futuro (presente?) em que, confrontados com as ruínas da uma ideia da civilização (…), sejamos capazes de rir da nossa triste previsibilidade e ineptidão e comecemos de novo, pelo princípio, com verdadeira “cola” que nunca falha e não tem preço: a honestidade, a empatia, a tolerância e o Amor.
A encenação de Kuniaki Ida deste clássico da modernidade segue os ditames disseminados pela obra dramática e teórica de Bertolt Brecht. Em vez de projectar uma ideia de verosimilhança «naturalista», que criasse aquilo que a tradição poderia chamar «ilusão cómica», as opções do encenador vão no sentido de um certo esquematismo. Deliberadamente, este posicionamento deixa …
Com o Verão tórrido a não desarmar, nada melhor que mergulhar num livrinho e divagar por palavras e mundos alheios. O primeiro semestre de 2017 foi rico em pérolas literárias, merecedoras de um balanço dos lançamentos que nos impressionaram, necessariamente subjectivo e sujeito a reparos. Decidimos dividir a listagem por 4 artigos e 10 secções …