O meu nome é Bunda, Jaime Bunda! Este James Bond angolano, fã incondicional dos filmes e livros policiais americanos, é o herói deste Jaime Bunda e a morte do americano que, com imensa graça, nos envolve na investigação das circunstâncias da morte violenta de um cidadão americano residente em Benguela, que ganha proporções políticas preocupantes. …
Arne Dahl consegue um equilíbrio muito interessante de qualidade literária, um contraste forte entre paisagens límpidas e personagens calcinados, situações cativantes e um bom ritmo, tortuosamente verosímil.
A autora questiona (e questiona-nos) se, em tempo de luta pela sobrevivência, haverá ainda lugar para a intimidade e os afectos e que papel lhes estará reservado perante a privação.
Tratando-se duma obra de ficção, é notável como consegue escapar à armadilha da caricatura no retrato que apresenta, sem comprometer a frontalidade com que o faz.
Será decerto único e intransmissível o que é que cada um descobre quando chega ao fim deste livro. Mas constatação consensual será a de que a esperança de poder um dia aliviar o fardo de carregar a existência tem uma cor: o branco.
A escrita de John le Carré não mudou, é fluída e competente. Se algo aconteceu ao longo dos anos é que, aos 88 anos, se sente mais livre para soltar a mordacidade e exprimir de forma clara as suas posições políticas, tornando a sua escrita mais divertida.
“(…) a história decorre de forma directa e arrebatadora e o leitor vai devorando linhas, páginas, capítulos, na ânsia de saber qual o destino da pequena «Malacarne»”
“Não é para os amantes de acção constante, mas mais para quem tem tempo para apreciar os ambientes políticos, as sensibilidades subtis que se vão desenhando, e a riqueza da personagem principal.”
Há em António Tavares uma capacidade de transmitir grandes ideias com poucas palavras, de acossar e provocar o leitor com episódios que surgem como pequenos apontamentos na história, mas que angustiam pelas questões com que nos deixam e, mais ainda, pela certeza de que não nos serão dadas respostas.
A D. Quixote edita Tina Vallés, uma escritora espanhola, natural da Catalunha, já com alguns prémios conquistados no mundo da literatura, por novelas, contos, romances e livros infantis.Na capa, A Memória da Árvore é descrito como “A história mágica e terna”, o que normalmente é código para romance xaroposo e delicodoce, do qual se deve …