Como em qualquer livro de GMT, há um pouco de tudo para todos neste A Pedra e o Desenho, desde o leitor mais informado e intelectual ao completo leigo, desinteressado pela lides literárias.
Diário da Peste é um testemunho claro da nossa história recente na forma literária, mas também um acto de entrega e coragem
“À medida que se desloca, GMT mede diversas variáveis do seu contexto físico e emocional, colocando hipóteses e questões na sua já habitual deriva de precisão e absurdo, intercalados conforme as conveniências do momento e servidos por uma escrita sem mácula.”
“A “forma de sentir” desencadeada foi abaixo da média, bem próxima da inércia tão contrária ao espírito de toda a obra do Gonçalo M. Tavares.”
«Toda a literatura é abstracta, concretas são as pedras. Não aceitar isto é aceitar a literatura como copiadora do concreto, como uma segunda mesa, ou uma segunda casa. (…) A literatura tem objectos próprios, completamente distintos dos que existem na vida dos vivos. Não confundas um escritor com um arrumador de mobílias.»
“Encontramo-nos no Outro quando com ele lidamos sem reservas, tomando-o por tudo o que é, e espectáculos como este são escassos para a importância e impacto que gestos de aproximação e revelação podem ter nos seus públicos.”