Estes quatro não sabem errar, e as suas músicas sem refrões assobiáveis ou coros marcantes vêm carregadas de melancolia, mas também libertação, aquela esperança vã de que falar dos elefantes na sala de tantos possa ser o segredo para a felicidade.
Música de encontros e desencontros, manteve intacta a sua matriz introspectiva e nostálgica, convidando o desejo oculto finalmente segredado e a dança bem colada para cristalizar cada palavra e acorde.
“…viagem por paisagens sonoras de influências múltiplas e que solidificam o nome de Kamasi (e da sua banda) como figura crucial da música de hoje.”
Sem deslumbrar, Kurt Vile cumpriu um plano bem delineado de passar em revista a sua carreira, para tal contribuindo o trabalho de excepção dos músicos e técnicos que o acompanharam.
A certa altura, estamos olhos nos olhos com a cantora, enquanto esta rasteja palco fora, com a guitarra feita presa moribunda, ainda a respirar distorção. “Don’t you stop me”, canta ela; e ninguém o tentaria.
Furtado mantém-se numa forma invejável, irrepreensível no ataque a cada letra e acorde, rejuvenescido pela companhia em palco de músicos de excepção. Um concerto a não perder, em qualquer sala deste planeta.
Os Orelha Negra dispensam apresentações. Colectivo único em Portugal, juntou músicos de diferentes origens e sensibilidades, para criar um som com raízes no hiphop, mas que, com facilidade, o desintegra e supera, criando memoráveis concertos, mais parecidos com block parties do que com os espectáculos tradicionais.
Os britânicos TOY estão de regresso a Portugal. Desta feita actuarão no Porto, no próximo dia 8 de Março, numa das suas melhores salas: o Hard Club. Em Outubro de 2016 lançaram o seu terceiro álbum Clear Shot (Heavenly Recordings), pelo que se espera seja a base do alinhamento. O shoegaze é a base do …