MDLSX não é um funeral mas antes um adeus ao género, às categorias e aos binarismos, em forma de hino elegíaco mas também de celebração de uma forma de fazer género(s), ao mesmo tempo que convoca para o palco outros textos para além da escrita do corpo.
“Não teorizar é também teorizar. O Manifesto Contra-Sexual de Preciado, ancorado em textos canónicos de nomes facilmente reconhecíveis, é um texto radical e agradavelmente (im)perfeito, que pretende “evitar o fechamento do discurso académico, embora continuando a utilizar algumas das suas ferramentas críticas para compreender o que fora excluído dele…”
Esta conceptualização do corpo como um organismo construído em sociedade passível de ser alterado, reescrito e recodificado, serve como ponto central para a proposta de Preciado: vivemos, neste preciso momento, uma revolução na qual aqueles e aquelas em posições subalternas têm finalmente acesso às tecnologias de poder para responder à hegemonia heterossexual.