Nesta abordagem plena de humanismo, onde a crítica não opõe os bons e os maus, mas antes explora a profunda ambivalência desta questão tão premente, é impossível ficar indiferente, seja à prosa incomparável do autor, seja à urgência de encontrar soluções que resgatem a nossa humanidade.
“Tudo o que acontece está interligado por finos filamentos de causa e efeito, que normalmente não conseguimos ver” não é a primeira frase de Os Dez Espelhos de Benjamin Zarco, mas será porventura um bom resumo do que este representa e do seu esqueleto. Richard Zimler é aqui tecelão duma intrincada tapeçaria, onde se entrelaçam …
O que leva alguém a odiar outra pessoa a ponto de procurar a sua completa obliteração deste mundo? Talvez seja esta a pergunta a que este livro procura responder