Airbnb & Nuvens (Teatro Carlos Alberto, 26/11/2020)
“Manuel Tur e o elenco conseguem um número de funambulismo bem sucedido, mantendo a intensidade e qualidade de desempenhos a par com uma aura de alegria e humor, sem resvalar na banalidade.”
“Manuel Tur e o elenco conseguem um número de funambulismo bem sucedido, mantendo a intensidade e qualidade de desempenhos a par com uma aura de alegria e humor, sem resvalar na banalidade.”
A peça culmina com um feitiço sacrificial, uma imagem bela que merecia ser explorada de forma mais tangível.
MDLSX não é um funeral mas antes um adeus ao género, às categorias e aos binarismos, em forma de hino elegíaco mas também de celebração de uma forma de fazer género(s), ao mesmo tempo que convoca para o palco outros textos para além da escrita do corpo.
Sobre o excelente trabalho de Simão do Vale Africano e da sua equipa (técnica e de atores) nesta «Trattoria Pirandello», deixámos aqui expressas algumas ideias, mas o que temos em mente é, mais do que tudo, acicatar o público a ir ao teatro assistir a este espetáculo e a fazer a sua avaliação do «menu» servido. Acreditamos que não volverá a casa com fome.
Bella Figura parte de dois eventos que se cruzam: o jantar romântico de Boris e Andrea, e o de aniversário de Yvonne, acompanhada pelo filho, Eric, e a esposa, Françoise. A interseção das duas situações dá-se, já profetizando o que aí vem, através de um atropelamento.
No mundo futurista e distópico de A Chegada de Um Comboio à Cidade a acção passa-se numa sociedade de “multitasking” e de produção de massa, onde as personagens tentam fazer uma transposição para um mundo alternativo e mais genuíno, longe do mundo repleto de imagens e de sons que os acaba por nos paralisar.
Em Lulu, Wedekind coloca em cena as tensões e contradições provocadas pelo choque entre a pulsão libidinal do desejo e a falsa moralidade burguesa.
Sobre Jon Fosse, já muito foi dito, inclusive aqui na INTRO. Dono de um registo dramático e linguístico facilmente identificável, este O Homem da Guitarra, interpretado por um corajoso Manuel Wiborg no Teatro Carlos Alberto, apenas confirma a sua destreza na criação de personagens maltratadas pela vida, como se de um fado irremediável se tratasse, …
No passado dia 22, encontramos um Teatro Carlos Alberto (TeCA) repleto de miúdos ansiosos por assistir a Fã, uma reinterpretação de “O Fantasma da Ópera” (sem todo o peso do formalismo dos musicais datados) e de outros espectros da literatura mundial, com um argumento simples e certeiro de Regina Guimarães e música original dos Clã, …