Fomos, uma vez mais, ao Teatro Nacional D. Maria II, desta feita para assistir à peça Última Hora e confirmámos o rigoroso cumprimento das regras de segurança a que este período conturbado nos obriga. Uma nota de satisfação por encontrarmos uma sala cheia, o que bem demonstra que o teatro continua vivo no coração dos …
João Lourenço, em declarações ao Jornal Público, lembrou os «casais que se irão enfiar no carro, no metropolitano, ou seguirão a pé à saída do teatro, fazendo o seu caminho muito calados».
A tarefa impossível de fazer novo um texto criado por outrem, decorá-lo, trabalhá-lo e repeti-lo à exaustão é a vida deste quinteto talentoso, aqui despida e reinventada. A peça comenta-se a si própria e os atores seguem esse movimento, num solipsismo cíclico a que assistimos absortos, para no final nos darmos conta de que somos também parte integrante desse todo cénico.