Correios – Charles Bukowski (Antígona, 2015)

Conduzidos pela crueza da narrativa, somos confrontados com a invasão de uma implausível ternura para com os indigentes que nós mesmos atiramos para a marginalidade. Uma leitura absolutamente essencial.
Conduzidos pela crueza da narrativa, somos confrontados com a invasão de uma implausível ternura para com os indigentes que nós mesmos atiramos para a marginalidade. Uma leitura absolutamente essencial.
“Olhar o sofrimento dos outros e observar calamidades a acontecer longe de nós pode bem ser a experiência moderna por excelência, escreveu Sontag, e em A Little Life, é o sofrimento de Jude que nos força a trocar qualquer réstia de pena por possíveis vítimas da natureza cruel humana e transformá-la em empatia e regeneração.”
Lido “Esse Cabelo” (Teorema, 2015), ocorre-nos um trecho de Herberto Helder sobre o estilo, que abre o excelente “Os Passos em Volta”. Reza assim: “(…) o estilo é um modo subtil de transferir a confusão e violência da vida para o plano mental de uma unidade de significação.(…) pegamos nela, reduzimo-la a dois ou três …