Lido “Esse Cabelo” (Teorema, 2015), ocorre-nos um trecho de Herberto Helder sobre o estilo, que abre o excelente “Os Passos em Volta”. Reza assim: “(…) o estilo é um modo subtil de transferir a confusão e violência da vida para o plano mental de uma unidade de significação.(…) pegamos nela, reduzimo-la a dois ou três …
“Tu existes. Tu Importas. Tu tens valor. Tens todo o direito de usar um gorro, de ouvir música tão alta quanto quiseres. Tens todo o direito de seres tu. E ninguém deverá impedir-te de seres tu. Tens de ser tu. E nunca podes ter medo de seres tu.” Visto o vídeo, lida a citação, peguem …
“(…) dois adolescentes que acabavam de sair de uma sessão de cinema sentaram-se à minha frente. Um deles estava a explicar ao outro que o filme que tinham visto (…) estava muito próximo da realidade: era quase tudo verdade. (…) – Já viste a quantidade de filmes que têm estreado e que são baseados em …
Paul Beatty, primeiro escritor americano a vencer o Man Booker Prize, com o fantástico The Sellout, desde a abertura das candidaturas a todos os livros em inglês, independentemente da nacionalidade do autor, concedeu uma entrevista muito interessante ao programa HARDtalk da BBC. Stephen Sackur dirige magistralmente a entrevista, com alguns “escorregões”, perante as reticências e resistências constantes …
“Como em todas as grandes obras de arte, o trabalho primordial cabe ao seu destinatário: o espectador. É deste que se espera, senão a empatia, pelo menos a curiosidade e a formulação de dúvidas legítimas, perante verdades tidas por absolutas e propaladas como óbvias, mesmo quando a factualidade envolvente indica a sua negação categórica.”
Jerónimo Pizarro, aqui em co-autoria com Patricio Ferrari, com a ajuda da Tinta da China (que o edita desde que iniciou a sua pesquisa), veio trazer uma nova abordagem à obra de Fernando Pessoa, no sentido de uma dessacralização dos estudos pessoanos, já cristalizados e nem sempre satisfatórios ou sequer cientificamente inatacáveis, e da própria …
O prémio Goncourt 2016 foi atribuído à franco-marroquina Leïla Slimani, de 35 anos, por Chanson Douce (Gallimard, 2016), sucedendo assim a Mathias Énard no maior prémio literário francês da actualidade. O seu segundo romance foca-se num trágico infanticídio, que se baseia livremente num fait-divers que sucedeu há uns tempos nos EUA, em que uma baby-sitter matou …