Bia Ferreira – Musicbox, 12/11/2019

A cantora sai de cena e há um ambiente fortíssimo na sala. Toda a gente sorri pelo que ali viveu. Ninguém sai como entrou depois daquela hora e meia de culto.
A cantora sai de cena e há um ambiente fortíssimo na sala. Toda a gente sorri pelo que ali viveu. Ninguém sai como entrou depois daquela hora e meia de culto.
Enquanto reflexão ética sobre culpa, consciência e responsabilidade, esta é uma peça que vale a pena ser vista e discutida, porque o texto é muito interessante e a encenação adequada à sua dimensão.
Camada sobre camada sobre camada, estamos lá sempre, até ao destino final. E quando lá chegamos, constatamos o óbvio do mais óbvio: Mário Coelho e quem com ele trabalha são do melhor que está a acontecer na cidade de Lisboa. Muito obrigado.
Deixar-nos surpreendidos, impressionados, desamparados, curiosos e agarrados a três horas de uma peça, num momento em que não conseguimos estar afastados mais de três minutos do telemóvel, é razão suficiente para agradecer a esta equipa de extraordinárias atrizes e atores o trabalho que fizeram.
Se de todos os motivos possíveis só pudesse escolher um para destacar este álbum, usaria uma frase que às tantas se ouve em Ramadão: «quem canta assim não finge».
Porque correm, então, aquelas pessoas? Porque continuam a dançar? Porque a corrida e a dança é o que resta de si e do que são umas às outras.