Orgia começa pelo final. “Pronto, eu fui um homem diferente em vida: é esta a razão pela qual me perguntei como é que pude viver em paz, do lado da ordem. É simples: escondendo de mim mesmo e dos outros a minha diversidade. Ela nunca foi examinada, compreendida, aceite, discutida, manipulada. Permaneceu virgem tal como …
A dica que a misteriosa Conceição (…)dá à personagem homónima de Beatriz Batarda, parece ser a chave para desvendar o sentido último de Teatro: “o que é que passa entre os seres o que é que os prende uns aos outros ela disse-me a Beatriz vai perceber”.
Já tiveram essa coragem neste frenesim de cidade, que parece desencorajar-nos de sermos quem somos, ao mesmo tempo que nos atira para a essência do que somos?
Sozinhos, no nosso lugar, deparamo-nos com o melhor que o Teatro ainda tem para nos oferecer: a pureza da condição humana em todo o seu espectro, sem censuras ou reservas, servida de bandeja por um texto único e actuações irrepreensíveis.