História de Dois Patifes – Fialho de Almeida (Guerra e Paz, 2020)

…este é um escritor caído em esquecimento. Que este conjunto sirva para contrariar esse descaso.
…este é um escritor caído em esquecimento. Que este conjunto sirva para contrariar esse descaso.
Nestas Cartas e Outros Documentos 1925-1975 de Hannah Arendt e Martin Heidegger, com publicação em Portugal pela Guerra e Paz, em adaptação da tradução brasileira, supõe-se inevitável a questão sobre como foi possível a alemã de origem judaica manter contacto com o mentor e amante, mesmo após a sua entusiástica colaboração com o regime nacional-socialista.
Em O Coração das Trevas – um romance que, na sua brevidade, poderá ser tido como, porventura, um dos pontos de mais sublime concisão em toda a obra conradiana –, os mistérios da navegação fundem-se com o magno desconhecido que é Kurtz. Espécie de protagonista in absentia, centro fantasma de toda a narração.
A documentação extensiva, aliada à narrativa-comentário aos eventos que, embora imitando um registo historiográfico, se apoia predominantemente numa linguagem de tom lírico, resulta num equilíbrio que faz de El-Rei Junot um poderoso manual do zeitgeist europeu da altura.