A História Contemplativa – José Mattoso (Temas e Debates, 2020)
A História Contemplativa é uma recolha de dispersos, uma reunião de textos originários de fontes díspares, mas que, todos eles, respondem pelo mesmo desejo de rigor e fundamentação.
A História Contemplativa é uma recolha de dispersos, uma reunião de textos originários de fontes díspares, mas que, todos eles, respondem pelo mesmo desejo de rigor e fundamentação.
Não custa nada chamar a O Infinito num Junco um livro excepcional. Porque ele podia ser uma história do livro, mas não é; e porque era possível tê-lo transformado numa história da cultura, sem que isso tenha (felizmente) acontecido.
As biografias de Zweig são obras de apelo invulgar. Pela sua mistura de informação erudita, elegância e sabedoria narrativa e artística, tornam-se únicos entre os exemplares mais apreciáveis do género. Triunfo e Tragédia de Erasmo de Roterdão encaixa-se perfeitamente nessa descrição.
É possível que Os Intelectuais em Portugal na Idade Média tenha sido um dos livros mais injustamente ignorados do ano que passou. E nem será preciso atermo-nos ao campo da História. Um trabalho de enorme rigor, empenhado, vasto e com uma abrangência invulgar, que, no entanto, parece não ter chegado a tantos leitores atentos como …
Stephen Fry instrui, ameniza o que pode ser intimidante, ou tedioso – discorre de forma sempre capaz de cativar.
Uma Paixão Simples é um relato desafectado, sereno e sóbrio que dá conta dos encontros sexuais entre uma mulher matura, de vida resolvida, e um homem cuja única identificação é feita por uma simples inicial.
A grandeza que eles alcançam, o conseguimento estético de que são capazes, são um dos exemplos de que a arte por vezes dá da possibilidade de prosseguir lado a lado com a ruína.
JLB está, no fundo, mais ou menos preso a um modelo a que não pode completamente fugir. Tem de pincelar a vida e esboçar a obra de um autor. (…) E, no entanto, JLB consegue evitar, quase sempre, a linearidade e a sensaboria.
Uma das primeiras coisas que se deveriam notar, quando se lê este Beethoven – Vida e Personalidade, é que ele retoma uma edição originalmente publicada nos anos 40 do século passado – motivo pelo qual não há que estranhar práticas ortográficas como o aportuguesamento de nomes próprios. Esta opção, há muito abandonada entre nós, motiva …
Como lhe sucedia com frequência, é o próprio Jorge de Sena quem melhor explica o seu projecto de artista e pensador dos fenómenos literários – aspectos inseparáveis, neste autor. O Físico Prodigioso é, então, nas suas palavras, um «conto, ou, mais exactamente, novela», que consiste no «desenvolvimento muito ampliado e, se quiserem, muito deturpado de …