As biografias de Zweig são obras de apelo invulgar. Pela sua mistura de informação erudita, elegância e sabedoria narrativa e artística, tornam-se únicos entre os exemplares mais apreciáveis do género. Triunfo e Tragédia de Erasmo de Roterdão encaixa-se perfeitamente nessa descrição.
A grandeza que eles alcançam, o conseguimento estético de que são capazes, são um dos exemplos de que a arte por vezes dá da possibilidade de prosseguir lado a lado com a ruína.
JLB está, no fundo, mais ou menos preso a um modelo a que não pode completamente fugir. Tem de pincelar a vida e esboçar a obra de um autor. (…) E, no entanto, JLB consegue evitar, quase sempre, a linearidade e a sensaboria.
…este é um escritor caído em esquecimento. Que este conjunto sirva para contrariar esse descaso.