Orgia começa pelo final. “Pronto, eu fui um homem diferente em vida: é esta a razão pela qual me perguntei como é que pude viver em paz, do lado da ordem. É simples: escondendo de mim mesmo e dos outros a minha diversidade. Ela nunca foi examinada, compreendida, aceite, discutida, manipulada. Permaneceu virgem tal como …
Experiência arriscada e a espaços compensadora, esta em que o teatro se estilhaça em monólogos e diálogos curtos, com a dissolução do todo dramático tradicional, substituída pela evocação das virtudes e possibilidades de um espectáculo por cumprir.
A Teatro Nacional 21 criou O Corpo de Helena, um espectáculo experimental em que toma o texto homónimo do escritor, poeta e dramaturgo Paulo José Miranda (…), para o submeter aos rigores e imponderáveis do confinamento e das novas tecnologias
Mas o verdadeiro protagonista, para o bem e para o mal, é a Palavra. A forma como o encadeamento de ideias iconoclastas, em conjunto com uma entrega apaixonada em circunstâncias limite podem, não só mudar o rumo da história de um homem e da sociedade, como o futuro de uma cultura e a força dos seus alicerces, é o verdadeiro tema desta encenação de A Morte de Danton.
A proposta de infinito, a elite de uma espécie de deuses em carne débil e fraca, esbate-se perante um apelo maior: o amor de uma mãe pelo seu filho, o amor de um homem por uma mulher, a família, a vontade incontornável de o Homem ser emoção e linguagem, perigoso construtor de utopias que, a realizarem-se, serão comprovadamente o seu maior infortúnio.
Libreto para ficarem em casa seus anormais está em cena na sala estúdio do Teatro D. Maria II. A estranheza começa aí. No confinamento da ópera a uma sala menor, em dimensão e grandeza. Este espetáculo é uma provocação desde o primeiro momento. A começar pelo título. Sem vírgulas, a um jorro, a um fôlego, …