Por isso esperamos que esta trilogia continue. Para guardar em pedaços de tempo mais juventudes que nos pertencem. Para nos lembrar de onde viemos, que lutas fizemos e que sociedade queremos. Ou, pelo menos, para nos lembrar se ainda queremos mudanças.
A imagem da Montanha Russa para definir a adolescência não podia ser mais feliz. Mesmo para os mais resistentes ao teatro musical (ainda que contaminados por alguns sucessos televisivos da década de 80, como a incontornável série Fame) a verdade é que entre a imagem, a simpatia e o reconhecimento que a Manuela Azevedo, dos …
Libreto para ficarem em casa seus anormais está em cena na sala estúdio do Teatro D. Maria II. A estranheza começa aí. No confinamento da ópera a uma sala menor, em dimensão e grandeza. Este espetáculo é uma provocação desde o primeiro momento. A começar pelo título. Sem vírgulas, a um jorro, a um fôlego, …
Por vezes, o texto parece desaparecer no embate duro com o fortíssimo conteúdo pictórico das cenas. Por vezes, os atores não nos impedem de fugir do inferno… Mas, repito, quem quer habitar a dor infinita? Quem nos pode raptar o pensamento e condená-lo eternamente? E esta também é a interpelação que o espetáculo nos deixa e fica guardada, nas entranhas, até reconquistarmos a liberdade depois do “inferno”, o inferno de Dante ou o nosso…