“Nem tudo o que luz é ouro”, diz-se amiúde quando as aparências ficam aquém da realidade. Contra todas as expectativas, foi o primeiro pensamento que nos ocorreu após a saída do Teatro Nacional S. João, com a peça Macbeth no pensamento. Com honras de abertura do quarentão FITEI 2017 (que decorre até 17 de Junho), elenco …
Fascinante e despretensioso, no fundo nada mais é do que um excelente pretexto para discorrer sobre um tema fascinante e central da nossa cultura ocidental, com a clareza a que Miguel já nos habituou, a que associa uma capacidade inata de centrar a reflexão no essencial, sem derivas ou artifícios.
Um livro que se lê com inegável gosto, pelo requinte dos ambientes e da concepção das personagens em curtas passagens. Uma verdadeira masterclass de escrita por uma fracção ínfima do preço destas “formações”.
Sozinhos, no nosso lugar, deparamo-nos com o melhor que o Teatro ainda tem para nos oferecer: a pureza da condição humana em todo o seu espectro, sem censuras ou reservas, servida de bandeja por um texto único e actuações irrepreensíveis.
Produção do Teatro Experimental do Porto (TEP), de que António Pedro foi um dos fundadores, O Grande Tratado da Encenação é a primeira peça de uma trilogia sobre a juventude e a História recente de Portugal. Depois de se focar nos anos fundadores do TEP (década de 50), passará em seguida pelos anos 70 e pela década de 90.
Significados são sobrevalorizados, uma forma de catalogar a torrente de realidade que invade o nosso quotidiano, mas aqui a explicação é irrelevante, incapaz de substituir a vivência e a presença por inteiro no momento. Tania Bruguera captou a essência destas “presenças” ficcionais e acompanhou-a da sua marca, sem se impor ou perturbar a experiência única de assistir a uma peça de Beckett por um elenco à altura do acontecimento.
Novela de Xadrez foi o derradeiro livro do austríaco Stefan Zweig, de onde Wes Anderson surripiou muitas das ideias que fazem a magia do argumento e realização de The Grand Budapest Hotel.
Al mada nada é tudo o que promete e ainda mais.
Ricardo Pais criou um espectáculo envolvente e imersivo, com todos os ingredientes para ser uma experiência inesquecível.
Ao contrário do romantismo, onde a forma era raínha, Como Ela Morre despe-se de todos os artifícios, concentrando a atenção do espectador no texto e nas actuações do elenco.
Com base na obra literária “As Aventuras de Pinóquio” de Carlo Collodi, o encenador Bruno Bravo serve-se do texto original para o subverter das mais diversas formas.