A tarefa impossível de fazer novo um texto criado por outrem, decorá-lo, trabalhá-lo e repeti-lo à exaustão é a vida deste quinteto talentoso, aqui despida e reinventada. A peça comenta-se a si própria e os atores seguem esse movimento, num solipsismo cíclico a que assistimos absortos, para no final nos darmos conta de que somos também parte integrante desse todo cénico.
Quando o processo chega ao fim, somos confrontados com a universalidade da experiência de Elizabeth – escritora e ser humano –, em julgamento sem resolução à vista. Devemos um louvor aos (apenas) cinco atores em palco, em especial à assertiva Cucha Carvalheiro enquanto Elizabeth,
Num tom mais ou menos óbvio, mas indiscutivelmente bem humorado e carregado de ironia, as personagens expõem o esquema de poupança, invariavelmente seguido nas soluções ecológicas, sustentáveis e de economia circular,
Excelente concerto a coroar uma louvável iniciativa do CAE da Figueira da Foz.