Marlon Williams – Theatro Circo, 16/11/2018

É fácil explicar o sucesso de Marlon: tal como o (des)amor, que precisa sempre de mais um corpo que lhe sirva de alimento, a música, as artes visuais, o cinema, a literatura e o teatro vão sempre servir-se das dores do coração para levantar um espelho em frente a um público, que, mesmo que já conheça o desfecho das histórias de amor, se apaixona, uma e outra vez. E desta vez, foi por Marlon.

Paul B. Preciado – Fórum do Futuro, Rivoli (9/11/2018)

Esta conceptualização do corpo como um organismo construído em sociedade passível de ser alterado, reescrito e recodificado, serve como ponto central para a proposta de Preciado: vivemos, neste preciso momento, uma revolução na qual aqueles e aquelas em posições subalternas têm finalmente acesso às tecnologias de poder para responder à hegemonia heterossexual.

Um Rio à Beira do Rio – Mário Cesariny (Documenta, 2017)

Um dos pontos mais relevantes das cartas será o cariz comunitário desta correspondência entre artistas que pretendem estreitar os laços intelectuais e emocionais que os unem, numa troca de palavras, promessas de pôr Laurens em contacto com outros artistas e de divulgar o seu trabalho em Portugal, pedidos de divulgação e tradução dos seus poemas para o holandês, artigos de jornal (…), discos de Satie, impressões sobre gatos, um poema de Cesariny sobre o fim do colonialismo português, gravuras de Cruzeiro Seixas, pinturas, revistas e outros artefactos culturais, criando um cadáver-esquisito transnacional (…)

Kronos Quartet – Theatro Circo (30/10/2018)

(…) Kronos Quartet, que conta com quarenta anos de existência e se vai renovando, quer materialmente, quer musicalmente, ao expandir os seus tentáculos, aproximando áreas geográficas distantes e distintas, ao mesmo tempo que olha o passado e o transporta para o futuro da música erudita, numa missão de a traduzir para uma linguagem mais acessível ao grande público.

Youn Sun Nah e Ambrose Akinmusire Quartet (Outono em Jazz) – Casa da Música (23/10/2018)

Num mundo marcado pelo fluxo e constante exposição a imagens, que se apresentam num scroll infinito, ou músicas das quais se escutam meros segundos para que se possa passar à seguinte e ainda a outra. Talvez seja hora de desacelerar a nossa fome voraz pelo imediato e passar à contemplação da obra artística, com tudo o que esta nos exige.

Queer Porto 2018 – Teatro Municipal Rivoli

No final do filme, ouvem-se narizes a fungar, aquele tossir que tenta esconder as lágrimas e o plástico de pacotes de lenços de papel, numa manifestação física e emocional da influência do cinema e da importância de ver representações (mais positivas) de indivíduos queer na tela, assim como do poder de nos sentarmos no escuro do cinema em comunidade.