Zoom – Teatro da Trindade (22/3/2019)

“Como queremos nós ver a vida e, sobretudo, como pretendemos levá-la?”
“Como queremos nós ver a vida e, sobretudo, como pretendemos levá-la?”
“Enquanto que qualquer personagem vê todos os seus traços e conflitos previamente definidos, o ser humano é uma entidade em constante transformação e evolução.”
“Abraçamos a crítica através da analogia com o fascismo, mas repudiamos veementemente a performatividade das palavras antológicas de Celan – “leite negro da madrugada/bebemo-lo ao entardecer (…)” – através de urina recebida, com prazer, pelo perpetrador. “
“Tudo foi mágico, com a qualidade de um sonho. Entre o calor das palavras, tantas vezes em tom de brincadeira, das imagens criadas com notas musicais, o filme baço e turvo e uma sonoridade única, sobressai, não só o talento, mas a humildade daqueles artistas que fazem os seus seguidores acreditar que são capazes de tudo…”
“O álbum a que o rock ficou a dever todos os seus melhores créditos futuros e que hoje faz 52 anos, abre com “Sunday Morning”, uma bonita ode à paranóia.”
“Se a peça nos fala da troca dos sonhos pela rotina, do esmorecimento das tragédias pela sua conversão em quotidianos vulgares, de vidas sem história que a História já deixou para trás, e afinal do que é a felicidade, revela-nos também (e sobretudo) aquilo de que o teatro é capaz, quando se trata de verdadeiro Teatro!”
O Teatro Nacional São João festejou 99 anos no passado dia 7 de Março. A efeméride não foi deixada ao acaso e a deixa foi aproveitada para apresentar à cidade o ambicioso plano para os festejos do centenário e para a próxima década. A dezena parece ser o número da sorte para o TNSJ, porque …
“Desejou ser, ele mesmo, o mais obscuro dos enigmas e aplicar as mãos na matéria primária, oferecendo-a em dádiva e em silêncio. Não foi vítima de nada, muito menos da ilusão do conhecimento. E foi, para mim, uma excelente companhia.”
“O desencanto perante a vida, único elo entre os seis personagens em estágio mais ou menos semelhante de balanço entre o que viveram, o que são, e qual a fé, ou ausência, que os move, poderia, a nosso ver, ter resultado em algo mais apelativo e que não sobrevivesse somente à custa do enorme mérito de quem dá corpo e voz às personagens e também, porque não, à memória do incontornável Dostoiévski.”
“A contracena é impecável entre Winnie e Willie. Cucha Carvalheiro e Luís Madureira constituem a imagem perfeita de um esboroar que se dá diante dos olhos do espectador. Ou que se deu desde sempre?”