Montanha Russa – TNDMII, 9/3/2018

A imagem da Montanha Russa para definir a adolescência não podia ser mais feliz. Mesmo para os mais resistentes ao teatro musical (ainda que contaminados por alguns sucessos televisivos da década de 80, como a incontornável série Fame) a verdade é que entre a imagem, a simpatia e o reconhecimento que a Manuela Azevedo, dos …

Actores – TNSJ, 10/02/2018

A tarefa impossível de fazer novo um texto criado por outrem, decorá-lo, trabalhá-lo e repeti-lo à exaustão é a vida deste quinteto talentoso, aqui despida e reinventada. A peça comenta-se a si própria e os atores seguem esse movimento, num solipsismo cíclico a que assistimos absortos, para no final nos darmos conta de que somos também parte integrante desse todo cénico.

Um Dom João Português – CCVF, 19 e 20/01/2018

Um Dom João Português não responde, a nosso ver, de forma eficaz aos questionamentos que o nome da peça promete, ao não tornar, de forma convincente, o texto-base num veículo de uma mensagem que ultrapasse as necessárias diferenças contextuais entre época de origem e época da encenação; constitui, isso sim, e não é necessariamente pouco face à crise que vivem tantas companhias de teatro, um laboratório pujante sobre as possibilidades do trabalho dramatúrgico.

A grande vaga de frio (com ORLANDO de Virginia Woolf) – TeCA, 19/11/2017

Não é uma dramatização do romance de Virgina Woolf, assume-se antes como uma transfiguração do romance numa outra coisa, que coloque em evidência as questões que dele emanam, trabalhadas pela investigação literária exaustivamente, e que aqui adquirem novos sentidos, ou, para sermos mais exatos, apelam à possibilidade de reconstrução constante de novos sentidos.

A Promessa – TNSJ, 25/11/2017

Esperamos que este seja só o início e lançamos o repto: “A Promessa” é a primeira parte de um tríptico composto por “O Bailarino” e “A Excomungada”, onde os comportamentos neuróticos só se vão exacerbando, respetivamente por parte de um bailarino homossexual e de uma candidata a freira que sexualiza a ideia de Deus. Porque não manter o ritmo e dar a conhecer ao grande público estas joias inutilizadas por essas bibliotecas fora?