“Dois livros bem distintos mas de igual beleza, que bem poderão ser o início do vosso regresso aos desenhos e às histórias que são capazes de nos contar, mas qualquer livro desta editora única é garante de qualidade e felicidade, seja qual for a vossa idade.”
“O cheiro forte das docas de Nova Iorque entra-nos pelas narinas dentro, e as vidas que compõem o texto continuam, vagamente erráticas, em constante “fuga para a frente”. No (sub)mundo de Jennifer Egan, são pessoas que falham, cometem erros, voltam a tentar.”
“Um belíssimo livro, de escrita leve e intimista, despojada e paradoxalmente rica e plena de vida, como as montanhas de que fala.”
“Esta trilogia de Javier Marías torna-o, a nosso ver, natural candidato ao Nobel da literatura, pela espessura da obra, pela análise dramática com que permeia qualquer gesto, a todo o momento, de cada uma das personagens e, uma vez mais, pela notável elaboração de uma extensa narrativa…”
«Neste exercício de prosa delicada e detalhe minucioso sobre a natureza humana e os seus desvios – e tudo o que desconhecemos dos que nos são próximos – percebemos que apenas fica a descoberto “a verdade [que] se apresenta de várias formas (…) a verdade (…) que convém” (184).»
Berta Isla mostra um escritor que, não ignorando o barulho de fundo, e incorporando-o, aliás, sem complacências, mergulha verticalmente nos demónios e no escondido.
No fim da Antologia, sentimos que cumprimos uma narrativa, que fomos redimidos. Mas ficamos inexplicavelmente sozinhos… terrivelmente sozinhos, mas talvez mais humanos.
E se o leitor se vai sobressaltando entre parágrafos à procura de um enredo, desengane-se, porque provavelmente desistirá deste autor. É único no seu estilo…
Num balanço final, o ponto forte desta ficção de Mohsin Hamid é a sua (re) leitura do exílio forçado como uma inevitável força de mudança, em que cada passo no mapa é pretexto para reenquadrar as bases da nossa humanidade partilhada: a casa, a pertença e a relação com o Outro.
“Percebeu que sempre lhe faltaria alguma coisa; que era incompleto, insuficiente para si mesmo, e que, na verdade, tinha pavor de procurar essa coisa, uma vez que a procura corresponderia ao pior de todos os horrores.” Não ser único, original, singular. Descobrir, afinal, que o que trazemos como garantia da capacidade de sermos humanos é …