Aziza (Guimarães Jazz 2018) – CCVF, 8/11/2018

Dirty Monk fechou, com chave de ouro e com direito a nova ovação, um alinhamento musical colorido e vibrante: um excelente início da 27.ª edição do Guimarães Jazz.
Dirty Monk fechou, com chave de ouro e com direito a nova ovação, um alinhamento musical colorido e vibrante: um excelente início da 27.ª edição do Guimarães Jazz.
Tal como nos seus livros anteriores, Pizarro dá ao leitor os dados que tem e apresenta uma hipótese geral e temática para os interpretar, fazendo uso de um amplo leque de opções interpretativas, que passa tanto pelo trabalho dos seus contemporâneos, como pelo enquadramento cultural e político da época e pela interpretação dos textos, privilegiando a abrangência e abertura do seu raciocínio em deterimento de uma hermeneutica em vácuo e manipulada para um resultado, como vemos em tantos exemplos ligados ao estudo do poeta lisboeta.
(…) Kronos Quartet, que conta com quarenta anos de existência e se vai renovando, quer materialmente, quer musicalmente, ao expandir os seus tentáculos, aproximando áreas geográficas distantes e distintas, ao mesmo tempo que olha o passado e o transporta para o futuro da música erudita, numa missão de a traduzir para uma linguagem mais acessível ao grande público.
Bella Figura parte de dois eventos que se cruzam: o jantar romântico de Boris e Andrea, e o de aniversário de Yvonne, acompanhada pelo filho, Eric, e a esposa, Françoise. A interseção das duas situações dá-se, já profetizando o que aí vem, através de um atropelamento.
A importância de um livro como este nos tempos que correm é evidente: todos aqueles que consideram a via populista perigosa para os destinos da política mundial precisam de munir-se, em primeiro lugar, de argumentos. Isto implica, em segundo lugar, um posicionamento político. O que leva, em terceiro lugar, à necessidade de conhecimentos concretos sobre o contexto histórico da viragem do século XX para o XXI.
Apesar dos pesares, respeitando a tradição, resta-nos desejar “muita merda”, que é como quem diz: “muito boa sorte” ao Teatro Praga. Não deixem de ir ver. Se a indiferença não vos agarra os pés e a cabeça, então o teatro, mal ou bem, aconteceu e, neste caso, se bem entendemos, se for mal, ainda bem.
Sem deslumbrar, Kurt Vile cumpriu um plano bem delineado de passar em revista a sua carreira, para tal contribuindo o trabalho de excepção dos músicos e técnicos que o acompanharam.
A dica que a misteriosa Conceição (…)dá à personagem homónima de Beatriz Batarda, parece ser a chave para desvendar o sentido último de Teatro: “o que é que passa entre os seres o que é que os prende uns aos outros ela disse-me a Beatriz vai perceber”.
Uma obra do tipo da que aqui lemos – os cem melhores poemas portugueses dos últimos cem anos – para poder trazer algo de efetivamente interessante e que satisfizesse a avidez do leitor, teria de cumprir uma destas finalidades. E é com alguma pena que dizemos que não o faz.
Num mundo marcado pelo fluxo e constante exposição a imagens, que se apresentam num scroll infinito, ou músicas das quais se escutam meros segundos para que se possa passar à seguinte e ainda a outra. Talvez seja hora de desacelerar a nossa fome voraz pelo imediato e passar à contemplação da obra artística, com tudo o que esta nos exige.