Ler Pessoa – Jerónimo Pizarro (Tinta da China, 2018)

Tal como nos seus livros anteriores, Pizarro dá ao leitor os dados que tem e apresenta uma hipótese geral e temática para os interpretar, fazendo uso de um amplo leque de opções interpretativas, que passa tanto pelo trabalho dos seus contemporâneos, como pelo enquadramento cultural e político da época e pela interpretação dos textos, privilegiando a abrangência e abertura do seu raciocínio em deterimento de uma hermeneutica em vácuo e manipulada para um resultado, como vemos em tantos exemplos ligados ao estudo do poeta lisboeta.

Kronos Quartet – Theatro Circo (30/10/2018)

(…) Kronos Quartet, que conta com quarenta anos de existência e se vai renovando, quer materialmente, quer musicalmente, ao expandir os seus tentáculos, aproximando áreas geográficas distantes e distintas, ao mesmo tempo que olha o passado e o transporta para o futuro da música erudita, numa missão de a traduzir para uma linguagem mais acessível ao grande público.

O Espectro dos Populismos (Tinta da China, 2018)

A importância de um livro como este nos tempos que correm é evidente: todos aqueles que consideram a via populista perigosa para os destinos da política mundial precisam de munir-se, em primeiro lugar, de argumentos. Isto implica, em segundo lugar, um posicionamento político. O que leva, em terceiro lugar, à necessidade de conhecimentos concretos sobre o contexto histórico da viragem do século XX para o XXI.

Youn Sun Nah e Ambrose Akinmusire Quartet (Outono em Jazz) – Casa da Música (23/10/2018)

Num mundo marcado pelo fluxo e constante exposição a imagens, que se apresentam num scroll infinito, ou músicas das quais se escutam meros segundos para que se possa passar à seguinte e ainda a outra. Talvez seja hora de desacelerar a nossa fome voraz pelo imediato e passar à contemplação da obra artística, com tudo o que esta nos exige.